FOLIA DE FLOR

Folia em forma de flor

No dia 6 de janeiro de 2009, a goiana Vera Lúcia de Moura acordou com o ruído do rádio ligado. No estúdio, o locutor relembrava a história da Folia de Reis - celebração anual que começa na noite de janeiro e ultrapassa a madrugada do dia seguinte. Lembrou imediatamente de suas criações e o nome Folia de Flor veio à mente. Um ano depois a marca pode ser traduzida em um sem-número de modelos em bolsas, broches, cintos e presilhas carrega sempre - e graciosamente - uma flor, todas elas feitas à mão e quase sempre únicas.
Socióloga e historiadora por formação, desde a juventude é uma apaixonada por tudo que duas mãos podem produzir a partir da criatividade e bom gosto. Por sua casa é impossível não notar seu talento, seja ele impresso nas telas a óleo penduradas na parede; em peças de roupa que ela mesma costurou e mantém em acervo; e na cozinha, onde dedica-se a inventar receitas de dar água na boca.
A marca nasceu naturalmente e dentro de casa. Em meados do ano passado, ela fez uma bolsa para a filha. Arrematou com uma flor, inspirada em trabalhos de artesãos sergipanos que conheceu durante uma viagem de férias. O sucesso entre as amigas e colegas de trabalho da moça foi imediato e as encomendas começaram.
Vera Lúcia não parou mais. Mergulhou nas pesquisas em livros, revistas e internet. Buscou a orientação de um consultor de marketing. Teve o apoio da família. Contratou uma equipe, parte dela formada por mulheres surdo-mudas - uma maneira de estender o trabalho ao âmbito da responsabilidade social. O resultado é a Folia de Flor, que desabrochou nas mãos da talentosa criadora e com certeza dará mais frutos. "É o que hoje me faz feliz", confessa alegre Vera Lúcia.